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POVOADO DO PILÃO: FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Regional

Quinta-Feira, 27 de Agosto de 2020



FORMAÇÃO DO POVOADO DE PILÃO
Origem: Descendentes de Escravos


Segundo a lenda reinante neste povoado, o nome PILÃO se deve a um velho pilão de madeira feito pelos índios pataxós, e que foi encontrado por um vaqueiro numa lagoa ali existente, há mais de 150 anos. Essa lagoa ficou conhecida pelo nome de lagoa do Pilão. Com o passar do tempo, surgiu ali um pequenino povoado e os seus primeiros moradores foram: Dona Vitória, Dona Túnica (Antônio do Pilão), Dona Ana Joaquina de Oliveira, mais conhecida como “dona do Pilão”, e a família Veiga (Antônio Veiga). Então essa comunidade passou a se chamar-se de vila de São Pedro, nome de seu padroeiro e que não agradou os moradores. Hoje o povoado tem o nome primitivo de Pilão e pertence ao município de Candiba. Algumas pessoas costumam dizer no plural: Pilões. Está errado. O nome correto é Pilão, tendo em vista que somente foi encontrado um pilão de origem indígena. No depoimento do sr. Juvêncio dos Santos, o pilão encontrado pelo vaqueiro era feito de madeira, mas a contradições sobre a veracidade desse fato. Sendo os índios expulsos para o alto Rio Pardo, esta região foi, inicialmente povoada pelos negros fugitivos que vinham abrigando em volta das lagoas ou aguadas. Na lagoa do Mucambo é um claro exemplo do que aconteceu. Dessa mesma forma deve ter ocorrido em volta da lagoa do pilão. Se levamos em consideração que os índios faziam pilão de pedra e não de madeira, é bem provável que foram os negros os primeiros habitantes da lagoa do Pilão. No princípio, quando o território do Gentio passou a pertencer o município de Guanambi, também foi incorporado, a este município, o povoado de Pilão. Todavia, em 1962, ano que o Distrito Candiba tornava-se um município autônomo, o povoado de Pilão foi a ele anexado. No dia 14 de maio de 1983, é promulgada a Lei Estadual de número 4.026, que criava o Distrito de Pilões e anexado ao município de Candiba.



Texto Extraído do Livro "História Política e Administrativa de Guanambi) do escritor Dário Teixeira Cotrim. Ano 2019.


FOTOS:  PORTAL PILÕES EM PRIMEIRA MÃO.









 





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