A cidade de Guanambi completará no próximo sábado, 14 de agosto, 102 anos de sua fundação. Com cerca de 90 mil habitantes, Guanambi é o 20º maior município do estado. Desde a sua fundação no ano de 1919, a cidade vem se transformando em todas as áreas. A economia do município mudou muito nos últimos anos. Os antigos galpões das usinas de algodão estão dando espaço para grandes centros universitários, hospitais e pequenas indústrias que representam hoje a maior fatia da economia. O algodão saiu de cena, mas entraram no cenário a energia dos ventos, a mineração, a pecuária e a agricultura que continua forte no município. Na análise de economistas e de vários empresários, Guanambi é a região que apresenta um maior potencial para desenvolvimento, em todo o estado da Bahia. Esta perspectiva é reforçada ainda pela presença de inúmeros fatores de desenvolvimento, tais como a ferrovia da Fiol, a revitalização do projeto de irrigação de Ceraíma, novos complexos eólicos, linha aérea, novo curso de medicina e outras mais.
HISTÓRIA.
Segundo relatos de antigos moradores, uma mulher de nome Bela (Belarmina), devota de Santo Antônio, construiu uma casa de taipa nas proximidades do Riacho Belém, na margem direita do Carnaíba de Dentro. Desde então para ali dirigiam-se os moradores da vizinhança que, juntamente com aquela mulher, todos os anos rezavam benditos e ladainhas para aquele santo. Esse encontro rapidamente se transformou num festejo de muitos dias. Bela promovia festas com frequência, o que atraía muita gente para o lugar, principalmente aos domingos e dias santos. Assim foram surgindo outras casas, cujos moradores procediam de vilas e lugarejos da região.
De acordo com a tradição popular, Bela tinha uma filha muito simpática chamada Flor. Era comum durante as cerimônias de Santo Antônio, iniciar as festividades apenas depois que todos beijassem a imagem do santo, a começar pela filha da dona da casa, a bonita Flor. Querendo que a festa se iniciasse logo, todos os presentes pediam: “Beija, Flor! Beija, Flor!” Assim, o povo passou a chamar o referido lugar de Beija-flor.
Porém, segundo outra versão, a denominação Beija-Flor, dada ao arraial, veio da pequena ave, da espécie colibri, pois o terreno sempre úmido de vazante, contíguo ao local do arraial, permitia a existência de flores silvestres e, em consequência, a presença de muitos beija-flores.
Em 1870, quando o arraial já se encontrava em desenvolvimento, durante uma missão católica no local, o fazendeiro Joaquim Dias Guimarães doou parte das terras de sua fazenda para a construção de uma capela.
Em 1880, foi criado o Distrito de Paz de Bela Flor pertencente ao município de Monte Alto (Lei provincial nº. 1797 de 23 de junho de 1880). Embora oficialmente tivesse a denominação de Bela-Flor, por muito tempo persistiu o nome de Beija-Flor, com o qual o lugar se tornara conhecido.
No ano de 1919, através da Lei Estadual nº 1.364, de 14 de agosto desse ano, Bela Flor foi desmembrado de Monte Alto, porém a instalação do novo município só se deu em 1º de janeiro de 1920, quando Balbino Gabriel de Araújo Cajaíba tomou posse como o primeiro intendente. Guanambi , o nome do município, é originário do tupi-guarani, das palavras guainumbi, guanumbi, guanambi, que significam beija-flor.
Jorge Jornais- O Popular Classificados