Nas décadas de 1970 e 1980, quando Guanambi despontava no cenário nacional como a Capital do Algodão, a Feira Livre, que tomava ruas e praças do centro comercial da cidade, também era destaque nacional – perdia somente para a Feira de Caruaru, do agreste pernambucano.
Hoje, três décadas depois, a centenária Vila de Beija-Flor (primeiro nome da Guanambi) já não ostenta os títulos que lhe fizeram destaque nacional, já que não possui a riqueza do ouro branco. Mas, nem por isso perdeu sua nobreza de cidade polo regional de comércio e serviços. Pelo contrário: a cidade verticaliza sua estrutura arquitetônica em ritmo de capital, os setores comercial e industrial se agigantam na velocidade que o país permite.
A nossa Feira Livre continua líder
Se não tem mais a incontrolável movimentação de décadas passada, a Feira de Guanambi não perdeu seu fama, muito menos sua magia de ponto de encontro de produtores, especuladores, varejistas e atacadistas de comércio de hortifrutigranjeiros, bem como tem a maciça presença de famílias de toda a região que fazem suas feiras semanais na velha e barateira Feira de Guanambi.
Diariamente há movimentação comercial no espaço do Centro de Abastecimento, mas são às segundas, quintas e domingos que se nota maior movimentação. Caminhões e mais caminhões carregados de hortifrutis chegam ali, vindos de diferentes destinos do Brasil: de São Paulo, Minas Gerias, Goiás, Mato Grosso, Sergipe e principalmente do Oeste e Norte da Bahia.
Neste domingo (17/06), por exemplo, tinha caminhões de carregados de melancia provenientes no município de Brumado e de outros da região do Rio de Contas; carga de mandioca e limão, do Projeto Jaíba, norte de Minas Gerais; Caminhões de laranja de São Paulo e de Goiás, caminhões de pequi, trazidos de MG, mais melancia da cidade de Candiba, mamão, de Vitória do Espírito Santo, da Chapada Diamantina e do vale do São Francisco.
Para se comprar do bom e por um preço bem mais barato, a Feira de Guanambi é a melhor opção. Leve R$ 100,00 e contrate um carregador para ajudar a transportar sua feira. Tudo que o consumidor imaginar comprar, de alimento a tempero, utensílio doméstico, ervas medicinais e remédios caseiros, tudo ali se encontra. E quem não quiser nada disso, apenas está com fome, pode chegar à mesa e escolher dentre as dezenas de pratos com temperos caseiros à sua disposição e tudo por um precinho bem camarada: sarapatel, buchada, mocotó, pirão, feijoada, galinhada, cordeiro, feijão tropeiro e andu com maxixe, pequi, cortado de abobrinha, palma, mamão e muitas outras opções.
Extraído da Revista INTEGRAÇÃO, edição 130- Dez 2016 - Foto: João Martins