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EX-GOVERNADOR RUI COSTA NEGA IRREGULARIDADES NA COMPRA DOS RESPIRADORES

Política

Quinta-Feira, 04 de Abril de 2024

Por Mateus Soares- Tribuna da Bahia


Uma investigação da Polícia Federal (PF) descobriu sinais que ligam o ministro da Casa Civil do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Rui Costa (PT), a possíveis irregularidades em um contrato de compra de respiradores no valor de R$ 48 milhões durante a pandemia da Covid-19, quando ele era governador da Bahia.  


De acordo com uma reportagem do UOL, o ex-governador foi mencionado em uma delação premiada feita pela empresária responsável pela aquisição dos respiradores. A matéria indica que R$ 10 milhões foram reembolsados aos cofres públicos, com a empresária apresentando extratos bancários de transferências para intermediários envolvidos na transação. 


Assinado em abril de 2020, o contrato visava a compra de respiradores da China para abastecer os estados que faziam parte do Consórcio Nordeste, cuja presidência era ocupada na época pelo petista. 


O ex-secretário da Casa Civil durante o governo Rui, Bruno Dauster, também mencionou o atual ministro em seu depoimento, alegando ter fechado o negócio por ordens dele. Atualmente, o inquérito está em fase final na PF e tramita na Justiça Federal da Bahia. 


Cristiana Taddeo, da Hempcare, fechou um acordo de delação em 2022 com a então vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo. Em troca de benefícios processuais, a empresária devolveu R$ 10 milhões aos cofres públicos e admitiu uma série de irregularidades no negócio. 


Na delação, ela mencionou que a contratação da Hempcare foi intermediada por um empresário baiano que se apresentou como amigo de Rui Costa e da então primeira-dama, Aline Peixoto, hoje, conselheira do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia (TCM-BA). 


A PF e o Ministério Público Federal estão investigando se as "comissões" mencionadas seriam propinas. Vale lembrar que uma operação de busca e apreensão foi realizada em abril de 2022 para aprofundar as investigações sobre o caso, tendo Bruno Dauster como um dos alvos. 


A polícia também destacou o papel central de Cleber Isaac no esquema, apontando que ele era o amigo de Rui e Aline, citado por Cristiana. Isaac teria informado à então primeira-dama que a Hempcare poderia fornecer respiradores ao Consórcio Nordeste. "Cléber disse de imediato que ele é quem havia avisado à primeira-dama do governo da Bahia [Aline] que o nosso grupo poderia realizar a importação dos respiradores. Como Cléber Isaac e Fernando Galante eram a ponte entre o grupo e o governo da Bahia, eles cobraram participação nos lucros do negócio", disse Cristiana. 


Rui, ao ser procurado pelo UOL, negou quaisquer irregularidades. "O ex-governador nunca tratou com nenhum preposto ou intermediário sobre a questão das compras deste e de qualquer outro equipamento de saúde. Durante a pandemia, as compras realizadas por estados e municípios no Brasil e no mundo inteiro foram feitas com pagamento antecipado. Esta era a condição vigente naquele momento. O ex-governador Rui Costa deseja que a investigação prossiga e que os responsáveis pelo desvio do dinheiro público sejam devidamente punidos e haja determinação judicial para ressarcimento do erário público", diz a nota. 





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