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CIRO GOMES CRITICA FALA DE LULA DEFENDENDO O ABORTO

ELEIÇÕES-2024

Segunda-Feira, 11 de Abril de 2022


Por Isadora Duarte


O pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, afirmou que vai escolher o seu candidato a vice-presidente na mesma chapa somente em julho. "Só vou escolher meu vice em julho. Até lá, preciso incrementar meu poder e será derivado da força que eu tiver na opinião pública. Se tiver força grande na opinião pública, (para) vice preciso transigir menos, (preciso) defender com mais radicalidade o projeto", afirmou há pouco, durante sabatina na 8ª Brazil Conference, evento organizado pela comunidade brasileira de estudantes em Boston (EUA) e transmitido pelo Estadão.


Ele não comentou sobre possíveis boatos de que Marina Silva ou José Luís Datena poderiam ser vice na chapa. Ciro disse ainda que seria descentralizador em um provável governo. "Não quero ser o presidente do Brasil se for para ser o mesmo. Só vou se for para mudar o Brasil", disse.
Lula -  O pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) afirmou, neste domingo, 10, que a declaração do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em defesa do aborto foi "estapafúrdia". Em sua sabatina na Brazil Conference, o pedetista argumentou que o debate sobre as chamadas "pautas de costume" favorece a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), e atribuiu a insistência nesses temas a uma suposta "burrice" do campo da esquerda.


"Nosso povo é 'criptorreacionário', crescentemente neopentecostal e profunda e enraizadamente cristão em matéria de costumes. Então, pensa se um político tem o direito de se meter na minha família para me dizer como eu devo tratar um filho gay meu?", afirmou Ciro, ponderando, contudo, que é a favor de políticas afirmativas.


Ciro acrescentou: "Por que o Lula tinha que dar uma declaração estapafúrdia como a que ele deu agora, que todo mundo tem direito a fazer aborto? Que coisa mais simplória para um assunto tão grave. (...) Qual o poder que Lula tem, sendo presidente por 14 anos, ou mandando na Presidência do Brasil, que não resolveu essa questão? Porque ela é insolúvel."


Na última terça-feira, 6, Lula defendeu a ampliação do direito ao aborto e disse que, se for eleito, o assunto será tratado como uma "questão de saúde pública".
O petista também classificou a pauta de "família e valores" pregada pelo governo como "muito atrasada". As declarações foram feitas durante um debate promovido pela Fundação Perseu Abramo e pela entidade alemã Fundação Friedrich Ebert, em São Paulo.
Neste domingo, o presidenciável do PDT defendeu que a pauta das eleições de outubro tenha foco em temas como "economia e emprego". O debate contra o atual presidente deve ser "racionalizado", ele disse, e não sobre "kit gay".


Quanto à política econômica de seu eventual governo, Ciro voltou a defender a revogação do teto de gastos - regra fiscal que limita o gasto da União à inflação - e a taxação de grandes patrimônios. Ele afirmou que "a democracia brasileira fracassou explosivamente em desenhar um modelo de desenvolvimento econômico". Criticou, também, o sistema de câmbio flutuante adotado pelo Banco Central, o que, segundo ele, gera incertezas para o "business plan" das empresas. "Temos indústrias indo embora porque ninguém consegue fazer conta no Brasil, porque o câmbio se tornou instrumento de demagogia", afirmou.


Fonte: Agência Estado



 





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