Se as eleições presidenciais de 2022 ocorressem hoje, Luiz Inácio Lula da Silva (RJ) venceria a disputa já no primeiro turno. É o que indica a nova rodada da pesquisa do instituto Quaest, contratada pelo Banco Genial e divulgada nesta quarta-feira (11).
De acordo com o levantamento, o ex-presidente cresceu um ponto percentual em relação à pesquisa Genial/Quaest anterior, de um mês atrás. Agora, ele tem 46% das intenções de voto. O presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição, soma 29%.
Na sequência, aparecem o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 7%; o ex-governador João Doria (PSDB) e o deputado federal André Janones (Avante), ambos com 3%; a senadora Simone Tebet (MDB) e o cientista político Felipe d’Avila (Novo), empatados com 1%. Luciano Bivar (União Brasil) não pontuou. Os adversários de Lula, somados, alcançam 44% – dois pontos percentuais a menos que o petista.
Num cenário mais enxuto, com apenas quatro candidaturas presidenciais, Lula mantém 46%, Bolsonaro vai a 31%, Ciro sobe para 9% e Doria fica com 4%. Nessa sondagem, Lula também tem mais intenção de votos do que todos os seus concorrentes somados.
A pesquisa reforça a projeção de um quadro eleitoral polarizado entre o atual presidente e um ex-presidente, que encarnam também o confronto entre direita e esquerda – e até entre autoritarismo e democracia. Há pouca margem de avanço para a chamada “terceira via”.
Felipe Nunes, diretor da Quaest, nota que, “após um mês repleto de atos, declarações e equívocos de ambos os lados” – Bolsonaro e Lula –, a marca dessa pesquisa é a estabilidade. O ex-presidente, no entanto, consolida sua vantagem a cinco meses da eleição. No levantamento de segundo turno, Lula venceria Bolsonaro hoje por 54% a 34%.
“O favoritismo de Lula continua sendo explicado pela relevância da economia real na vida do cidadão. Para 50%, a economia é o principal problema enfrentado pelo país hoje”, afirmou Felipe no Twitter.
Esses 50% se dividem entre os 19% mais preocupados com a crise econômica; os 18% que apontam a inflação como principal problema; e os 13% que citam o desemprego. Além disso, 62% avaliam que a economia piorou no último ano.
A pesquisa Genial/Quaest ouviu 2 mil eleitores, presencialmente, de 5 a 8 de maio. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.