Por Hieros Vasconcelos- Tribuna da Bahia
A taxa de desocupação no Brasil recuou 0,7 ponto percentual no trimestre móvel encerrado em maio de 2024 frente ao trimestre de dezembro de 2023 a fevereiro deste ano. Isso significa dizer que a taxa de desocupação saiu de 7,8% para 7,1%, sendo a menor em 10 anos. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua divulgada sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o levantamento, conclui-se que atualmente o país tem 101,3 milhões de empregos, um recorde nos últimos 10 anos. A renda média também cresceu 5,6%: conforme a PNAD Contínua, no trimestre encerrado, desta vez em abril, o rendimento médio real das pessoas ocupadas foi de R$ 3.181.
Com as altas da ocupação e do rendimento, a massa de rendimentos - a soma das remunerações de todos os trabalhadores do país - chegou a R$ 317,9 bilhões, novo recorde da série histórica, subindo 2,2% (mais R$ 6,8 bilhões) na comparação trimestral e 9,0% (mais R$ 26,1 bilhões) no ano.
A coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, explica que a massa de rendimentos tem se mantido em patamares elevados devido aos recordes da população ocupada”.
A PNAD Contínua também mostra que a população ocupada – o total de trabalhadores do país – atingiu novo recorde da série histórica iniciada em 2012: chegou a 101,3 milhões, com altas em ambas as comparações: 1,1% (mais 1,1 milhão de pessoas) no trimestre e 3,0% (mais 2,9 milhões de pessoas) no ano. Além disso, os contingentes de trabalhadores com carteira (38,3 milhões) e sem carteira assinada (13,7 milhões) também foram recordes da série histórica, além do total de empregados no setor privado (52,0 milhões).
Segundo Beringuy, “o crescimento contínuo da população ocupada tem sido impulsionado pela expansão dos empregados, tanto no segmento formal como informal. Isso mostra que diversas atividades econômicas vêm registrando tendência de aumento de seus contingentes. Além disso, há um fator sazonal no crescimento do grupamento de atividades Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais”.
Ainda conforme a PNAD Contínua, no período de um ano, foram geradas 2,9 milhões de novas vagas. A PNAD registra vagas de trabalho com e sem carteira assinada. Já segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no Governo Lula foram geradas mais de 1 milhão de novas vagas com carteira assinada nos últimos 12 meses. O Caged congrega os empregos com carteira.
Desocupada - De acordo com a pesquisa, também diminuiu o número da população desocupada – aquela que não tinha trabalho e buscou por uma ocupação no período de referência da pesquisa – também diminuiu nas duas comparações: -8,8% (menos 751 mil pessoas) no trimestre e -13,0% (menos 1,2 milhão de pessoas) no ano. Assim, esse contingente chegou a 7,8 milhões, o menor número de pessoas em busca de trabalho desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015.