A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (15) uma operação, em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), para investigar desvios em repasses do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, chefiado por Damares Alves.
Ao todo, os investigadores cumpriram 13 mandados de busca e apreensão nos municípios de Aracaju (SE), Lagarto (SE), Simão Dias (SE), Lagoa Grande (PE), Petrolina (PE) e Recife (PE). As investigações envolvem quatro auditores da CGU e de 45 policiais federais.
De acordo com a coluna Radar, as investigações apontam indícios de corrupção na execução de termos de fomento firmados entre uma associação privada sem fins lucrativos e a pasta de Damares.
“Objeto (dos repasses) foi a inserção e concomitante formação profissional de 600 jovens residentes em Aracaju (SE), São Cristóvão (SE), Nossa Senhora do Socorro (SE), Barra dos Coqueiros (SE), Lagarto (SE), Simão Dias (SE), Brasília (DF) e Três Rios (RJ)”, diz a PF.
Foram apontados indícios de fraudes na comprovação da capacidade operacional da associação proponente, bem como nas contratações procedidas pela associação durante a execução dos termos de fomento, que são instrumentos utilizados na celebração de parcerias entre a administração pública e organizações da sociedade civil.
Entre as irregularidades detectadas, estão inconsistências nas declarações utilizadas para demonstrar experiência prévia por parte da associação, a utilização de propostas inidôneas objetivando o direcionamento, até mesmo o superfaturamento nas contratações destinadas ao fornecimento de material didático, serviços de qualificação teórica e disponibilização de plataforma virtual de aprendizagem.
“O montante envolvido nas parcerias investigadas é da ordem de R$ 1,5 milhão e as irregularidades constatadas até o momento apontam para prejuízos de aproximadamente R$ 400 mil. Os termos de fomento objeto da investigação encontram-se um na fase de análise da prestação de contas pelo MMDHF e o outro ainda aguarda a apresentação da prestação de contas por parte da associação proponente”, diz a PF.
Além disso, também foram verificados indicativos de plágio no material didático fornecido por empresa contratada pela associação.
Reportagem do Site Gospel Prime