Guanambi tem uma longa tradição com as fanfarras. Por anos desfilavam nos desfiles de 7 de setembro e em todas as festas e eventos políticos na cidade. Era uma atração à parte. Já nas décadas de 40 e 50, o carnavalesco Álvaro Guimarães, (Lolozinho ), animava os carnavais e bailes guanambienses com suas famosas fanfarras. Por certo no improviso, mas já semeava na cidade o gosto pela cultura e pelo som apurado das bandas musicais. Depois veio o músico Flávio Avelar David, que melhor organizou nossas fanfarras e por muito tempo manteve ativa nossa filarmônica. Mas o ápice mesmo foi na década de 90, quando nossa fanfarra ganhou altíssimos investimentos e instrumentos e uma equipe que treinava novos músicos e assim mantinha viva nossa tradição. Depois da glória dos anos 90, veio à decadência e quase sucumbiu diante da falta de investimentos públicos. Por fim, é Alvissareira a notícia que foi divulgada essa semana, pelo Secretário de Cultura do Município, Paulo Costa, que a secretaria estará treinando e capacitando 80 novos membros para a nossa filarmônica. É sabedor, que a prática da cidadania, pelo exercício da participação em projetos coletivos, melhora a autoestima e isto traz reflexo imediato na qualidade de vida, com importante retorno qualitativo para as organizações. Uma fanfarra também tem uma função social na comunidade, as bandas de música promovem um amplo envolvimento social para seus integrantes, exercendo uma importante função de criar relacionamentos e afastar crianças e jovens da marginalidade, além de uma realização musical. Por fim, desejamos, vida longa à nossa filarmônica.