O PHE (Public Health England, instituto de saúde pública da Inglaterra) divulgou nessa 2ª feira (1º.mar.2021) os resultados de estudo preliminar sobre a eficácia das vacinas contra a covid-19 da AstraZeneca/Oxford e da Pfizer/BioNTech em idosos.
O órgão analisou a proteção contra casos sintomáticos da covid-19 depois da aplicação de uma única dose. A vacina da Pfizer/BioNTech apresentou eficácia de 57% a 61%. A da AstraZeneca/Oxford, de 60% a 73%. Em ambos os casos, a proteção foi alcançada 4 semanas depois da vacinação.
O estudo foi feito com mais de 7,5 milhões de pessoas acima dos 70 anos na Inglaterra. Os resultados ainda não foram revisados por outros cientistas.
Pesquisas em larga escala são importantes para verificar o comportamento dos imunizantes no “mundo real”. Até o momento, os dados das vacinas haviam sido obtido em ensaios clínicos –feitos com menos pessoas e em condições controladas.
Os pesquisadores do PHE verificaram também que uma única dose das vacinas pode reduzir em 80% o risco de hospitalização dos idosos.
O secretário de Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, disse esperar que os países vejam os dados como uma prova de que a vacina da AstraZeneca/Oxford é uma arma eficaz na luta contra a covid-19.
“Eu realmente espero que, ao redor do mundo, as pessoas estudem esses dados e entendam o que eles significam. Vacinar-se com o imunizante da AstraZeneca/Oxford ou da Pfizer/BioNTech é o certo a se fazer. Salva vidas”, declarou.
Apesar de a União Europeia ter aprovado o imunizante para todas as pessoas acima de 18 anos, alguns países, como Alemanha e Itália, não recomendam que ele seja aplicado nos mais velhos. Eles argumentam que a última fase de testes da vacina foi feita majoritariamente com participantes de 18 a 55 anos.
Um estudo similar foi feito com 1,2 milhão de pessoas em Israel. A pesquisa mostrou que a vacina da Pfizer/BioNTech é capaz de reduzir os casos sintomáticos de covid-19 em 94% uma semana depois da aplicação da 2ª dose. O imunizante também diminui em 92% o risco de desenvolver um caso grave da doença e em 87% as hospitalizações.