Por Ingrid Soares
O presidente Jair Bolsonaro (PL) repetiu, ontem que quer as Forças Armadas trabalhando em uma apuração paralela a do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições de outubro defendendo "transparência" no pleito. Desde o início do voto eletrônico no Brasil, em 1996, nenhum caso de fraude foi identificado e comprovado. Bolsonaro disse ainda que as FA ‘estavam quietinhas’.
“Continua a negociação. Olha só, o que é natural? Se lá diz que não tem problema, porque não fala ‘FA, traga seus técnicos para cá, vamos conversar’. As FA foram convidadas, nós não nos intrometemos em nada. AS FA estavam quietinhas. O ministro Barroso que presidia antes convidou. Temos aqui o comando de defesa cibernética, pessoas altamente qualificadas”, disse durante visita a um posto de gasolina. Veja o momento:
“Como é a apuração hoje em dia eleitoral no Brasil, onde é feita a totalização? Não é no TSE. É numa sala secreta, num supercomputador terceirizado. Pessoal, o que a gente quer é transparência”, alegou.
Porém, a afirmação já foi desmentida pelo TSE, que ressaltou que a apuração dos resultados é feita automaticamente pela urna eletrônica logo após o encerramento da votação. Nesse momento, a urna imprime, em cinco vias, o Boletim de Urna (BU), que contém a quantidade de votos registrados na urna para cada candidato e partido, além dos votos nulos e em branco.
Uma das vias impressas é afixada no local de votação, visível a todos, de modo que o resultado da urna se torna público e definitivo. Vias adicionais são entregues aos fiscais dos partidos políticos. Logo, o resultado definitivo de cada urna sai impresso e é tornado público após a votação, e ele pode ser facilmente confrontado, por qualquer eleitor, com os dados divulgados pelo TSE na internet, após a conclusão da totalização.
Fonte: Correio Braziliense