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ACM NETO LIDERA PESQUISA PARA GOVERNADOR DA BAHIA EM 2022

Política

Quarta-Feira, 18 de Agosto de 2021


Por Rodrigo Daniel Silva - TRIBUNA DA BAHIA


No novo levantamento do Instituto Paraná Pesquisas divulgado ontem, o ex-prefeito soteropolitano ACM Neto (DEM) mantém a liderança na disputa ao governo da Bahia no próximo ano, mas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) virou uma ameaça para a vitória do democrata. De acordo com a consulta, se a eleição fosse hoje, ACM Neto teria 52,3% dos votos. 


Já o senador Jaques Wagner (PT) aparece em segundo lugar, com 25,4% das intenções de votos, e o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), tem 4,5%. A pesquisa aponta que 11,9% votariam nulo ou branco, já 5,9% disseram que não sabiam ou não queriam responder. 


O Instituto Paraná Pesquisas testou ainda um cenário com seis candidaturas. Neto também lidera com 50% das intenções de votos. Já Wagner tem 24,1%.  Em seguida, a Doutora Raissa Soares, com 3,7%, e o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), com 3%. Alexandre Aleluia (DEM) e Marcos Mendes (PSOL) têm 1,3% e 1%, respectivamente. A pesquisa apresentou três candidaturas que podem ter o apoio do presidente Jair Bolsonaro (Raissa, Roma e Aleluia), mas é pouco provável que haja mais de um candidato bolsonarista no estado. O mais provável é que tenha a união dos três. 


Mesmo com uma eleição com maior número de candidatos, Neto tem liderado com folga. Mas, quando o eleitor sabe que o ex-presidente Lula apoia Wagner, o senador tem um amplo crescimento. Segundo o instituto, o petista da Bahia aparece com 35% das intenções. Já quando o eleitorado sabe da possível dobradinha de Neto e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), o democrata cai para 37,9%. João Roma sobe para 13,7%, com o apoio de Bolsonaro. De acordo com a consulta, 4,7% não souberam ou não quiseram responder, e 8,8% afirmaram que não votariam em ninguém. 


O levantamento ouviu 2008 eleitores baianos em 186 municípios entre os dias 4 e 7 de agosto. O Instituto Paraná Pesquisas coletou os dados por meio de entrevistas telefônicas não robotizadas e apresentou um intervalo de confiança de 95%. A margem de erro é de 2% para mais ou para menos. 


 EFEITO LULA 


Para tentar atenuar o “efeito Lula”, Neto tem dito que “a eleição presidencial não vai resolver a eleição para governador da Bahia”. Tem afirmado ainda que conseguiu vencer o pleito para prefeitura de Salvador em 2012 contra Nelson Pelegrino (PT), mesmo com o petista tendo o apoio de Lula. O ex-prefeito democrata tem ressaltado também que, se eleito governador, conseguiria administrar o estado, mesmo tendo um presidente da República adversário político.  


“Eu saberei governar, caso seja candidato e eleito governador, com qualquer presidente. Em 2012, eu lembro bem que havia um discurso em Salvador que ‘ah, o prefeito não pode ser do partido diferente do partido do presidente e do governador, senão não consegue trabalhar pela cidade’. Eu contestei esse discurso e comprovei, em oito anos como prefeito de Salvador, que é possível, sim, ser de partido diferente e trabalhar direito. Eu fui oito anos prefeito, e sendo, nos oito anos, o governador do PT. Portanto, em campos políticos opostos. E três presidentes diferentes. Trabalhei com Dilma, depois com Temer e, por último, com Bolsonaro. Nunca procurei culpados nem desculpas para nada. Pelo contrário, assumi minhas responsabilidades como prefeito e assim pretendo, caso venha ser candidato e seja eleito governador”, declarou.  






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